sábado, 4 de julho de 2009
A menina e o beiju
Chora para ir
com o pai
a casa de farinha
a menina quer comer
beiju
não é um simples beiju
é um beiju com coco
O pai enche o paneiro de farinha
torrada
quentinha
acaba de sair do forno
Sobrou massa de macacheira
é hora de fazer o beiju
são tão deliciosos
que a menina quer mais
no café da manhã
com leite
quentinho
tirado da vaca
que foi piada com corda
ao lado da cerca
E quando o beiju acaba
a menina sente saldades
pede ao pai
para fazer farinha
porque depois de uma fornada
sempre há uns beijuzinhos.os.
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Arquitetura Urbana
A rua está cheia
de trabalhadores
com fardas
amarela e cinza
um manda
os outros obedecem
molha o pincel
na tinta branca
pinta ... pinta
a calçada
de tijolos pequeninos
um unindo o outro
formaram o quebra-cabeça
o carro se aproxima
traz uma palmeira
construiram
no meio da rua
um trveo
trouxeram a grama
e colocaram
a palmeira
postes iluminados
estilo grego
do outro lado
da rua
o terreno baldio
virou uma praça
põe ladrilhos
faz se o desenho
símbolo da arte
índigena
aos poucos
vão modelando
arquitetando
espaços urbanos
a cidade se constroí
a cada dia
por ideiais
políticos.
Autora: Luciane Moraes
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sexta-feira, 3 de julho de 2009
CADÊ A IDENTIDADE LUGAR
A política
colocada no papel
Ofício
Ata
reunião
o projeto foi aprovado;
O engenheiro
o serviçal
o maquinário
junta-se os tijolos
modela a cidade;
Tira-se o velho
põe-se o novo
faz se a arte
constrói o turismo;
E as marcas
do lugar
o vivido
o sentimento;
O cimento
o ferro
a coluna
o piso
o asfalto
destruiu;
O que se vê
é abstrato
não é verdade
O que se tem
é infiel
ao passado humano;
Pega-se
a cultura
pinta
o rosto
com marketing;
Modelaram
esqueceram
a experiência
o vívido
a identidade local
foram perdidas;
Devia-se
modelar as marcas
do que há
não do que não há;
Quem disse
que o lindo
é belo
não.
A feiúra
é bela
sim;
O que
já é lindo
não ficará
mais lindo
mas o que
não é
esse sim
ficará.
Assim
deve ser
a cidade.
colocada no papel
Ofício
Ata
reunião
o projeto foi aprovado;
O engenheiro
o serviçal
o maquinário
junta-se os tijolos
modela a cidade;
Tira-se o velho
põe-se o novo
faz se a arte
constrói o turismo;
E as marcas
do lugar
o vivido
o sentimento;
O cimento
o ferro
a coluna
o piso
o asfalto
destruiu;
O que se vê
é abstrato
não é verdade
O que se tem
é infiel
ao passado humano;
Pega-se
a cultura
pinta
o rosto
com marketing;
Modelaram
esqueceram
a experiência
o vívido
a identidade local
foram perdidas;
Devia-se
modelar as marcas
do que há
não do que não há;
Quem disse
que o lindo
é belo
não.
A feiúra
é bela
sim;
O que
já é lindo
não ficará
mais lindo
mas o que
não é
esse sim
ficará.
Assim
deve ser
a cidade.
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