quinta-feira, 23 de abril de 2009

Rio Acre















Foto: Luciane Moraes, 2009

Prenhe de águas
o rio está cheio.
O povo veio vê,
a cheia do rio;

É bonito de se
mas, também
6 meses (antes)
o rio,
praticamente não existia
seco ... seco;

Na época
de muitas chuvas
na Amazônia
o rio fica prenhe;

Corri pra
as águas
vem descendo
fazendo reboliço
"bauceiro"
o lixo
vem junto com as águas;

Garrafas de refrigerante
as águas
vão levando
o consumo humano;

Na cheia
do rio,
a comunidade
que habita
nas margens
sofre pelas águas
que toma o seu lugar
de direito;

A enchente
entra nos barracos,
a família
está no abrigo público
até a vazante do rio;

De cima
da passarela - Joaquim Macedo,
fico admirar
as "muitas águas";

Da medo
de ver tanta
água (escura)
mas, gostaria
de vê-la, sempre assim
o ano todo;

É bonito de se ver,
a alegria
do rio
em receber
as águas
de muitas chuvas.



















































Autora: Luciane Moraes




sexta-feira, 17 de abril de 2009

A menina esperança




















Foto: Luciane F. de Morais, 2009


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A menina esperança
tem olhos fugitivos.
Em sua casa não tem
o que aqui tem:
arroz, carne e feijão;
Lá na menina esperança,
não tem farinha
porque não tem?
plantar,
plantaram,
mas não dá
o gado comeu a terra;
Anos 70
Amazônia povoada
fazendeiros,
a pecuária
expulsou
quem era dono da terra;
A menina esperança
foi mora na cidade
seus pais sem emprego;
A menina esperança
foi pra rua
ganhar dinheiro
nas esquinas;
Surgem os projetos
de assentamentos.
A menina esperança
com a família
voltar para o campo;
Existe a esperança
de mudança
para a menina esperança?



Autora: Luciane Moraes